06 maio 2016

Das guerras



duas mãos cerram os punhos em guerra
duas mãos empunham armas
duas mães se desesperam
duas mães velam seus mortos
duas mãos assinam paz fictícia
dois lados carregam para sempre seus pesares

… o mundo gira a vida segue

as crianças da guerra nascem crescem
as crianças da guerra vítimas do estupro e da dor
nascem crescem e conhecem a história da guerra
um dia cerram os punhos
em guerra
matam estupram tiranizam
as mãos as mães nada podem contra a bestialidade
mãos e mães não têm sentido na guerra
nada tem sentido na guerra

uma termina
começa outra

... e assim caminha a desumanidade


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