28 setembro 2017

Chronos


quem sabe a flor de nossos anos viva
enclausurada ou em uma redoma
no coração do tempo algoz sombrio
que guarda para si o doce aroma

quem sabe esse senhor azafamado
que cobra caro qualquer desperdício
seja invejoso dos pobres amantes
que roubam o tempo em seu benefício

eco disperso no grande oceano
do universo apenas pulsação
impõe ditame tão draconiano

não o procures na terra ou no céu
jamais o trates como anfitrião
ou ele te engole como troféu

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