10 novembro 2017

Olhos de poeta


onde o mar termina
e o ceú começa
teus olhos imaginam um mundo
nada em teu rosto se move
serenamente inventas 
canções, palácios, promessas?

e se nômade caminhas
pela solidão noturna das pedras
teus olhos flutuam cegos
interiorizados em poemas

teus olhos plácidos
teus olhos límpidos
tão repletos de vida
devotos das rosas e das nuvens

eternos mirares
perdidos entre girassóis e cerejas
nutridos por raízes e luares
preservados nas folhas de um livro
onde meus olhos encontram os teus

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